Galpão Bela Maré realiza...
“Negro, estética e cidade”
Percebendo o racismo como estruturante da sociedade brasileira, principalmente a partir de
nossas pesquisas sobre violência letal (que revelam a constância do componente racial na
quantidade de homicídios de jovens em diferentes capitais do país), optamos por fortalecer
nossas reflexões, produção de conhecimento e ação no campo da igualdade racial. Esta
inovação, de forma gradativa, vai se fazendo sentir em nossas cinco áreas de atuação (Políticas
Urbanas, Educação, Direitos Humanos, Cultura e Comunicação).
O primeiro passo se deu no âmbito da Comunicação Institucional, com a contratação de uma
equipe coordenada por jornalistas negros, com conhecimento e experiência no campo do
anti-racismo. A nova equipe de comunicação -- setor mais estratégico para o Observatório de
Favelas -- além de produzir debates no interior da instituição sobre a importância de atuar
para a superação do racismo, passou a produzir conteúdo jornalístico com forte investimento
na temática da igualdade racial.
A equipe de comunicação, apoiada pela coordenação do Observatório, fomentou a criação
do grupo de colaboradores do Observatório de Favelas que tem constituído como demanda a
formação de um coletivo de estudo relacionado à igualdade racial, envolvendo profissionais
negros e não-negros, para tratar exclusivamente da absorção da dimensão racial em diferentes
atividades e projetos da instituição. Além do mais, temos construindo uma agenda de parceria
com entidades e fundações que constitui essa temática de forma geral. Nesse sentido,
possibilita estabelecer a percepção da importância desta temática para além de uma proposta
nos projetos, mas na própria agenda institucional do Observatório de Favelas.
O encontro “Negro, estética e cidade” tem a intenção de ser uma primeira atividade
mobilizadora do Observatório para sociedade em que o debate racial (o sentido de ser negro
hoje) se torne central. Vivemos esse movimento dentro da instituição, e concomitantemente
queremos também construir o diálogo com diferentes sujeitos e organizações que estejam
ou queiram estar envolvidos com a perspectiva do debate racial. De certa forma, também
pensamos na importância de construir uma agenda política que pautem as discussões e
encaminhamentos futuros dessa instituição.
No processo de pensar a respeito da temática e um formato para este encontro, tivemos
a felicidade de reconhecer o Retalho Carioca e o Grupo Kizomba da Redes como parceiros
potenciais. Este primeiro diretamente envolvido com a moda e buscando resgatar a temática
racial para as atividades da Retalhos, especialmente a cultura afro que já aparecia de forma
tímida de outras experiências. A segunda parceria representa um interesse do Observatório e
Redes como parceiros antigos de tantas outras atividades. O Kizomba assim como o coletivo
de Igualdade racial tem se preenchido da temática na instituição, juntando a experiência em
realizar eventos e festas diretamente envolvidos com a temática.
Não há dúvida que este evento a ser realizado no Conjunto de Favelas da Maré, discutindo
estética negra e cidade tem um papel fundamental na luta anti-racista, além de representar
uma agenda política que pontue questionamentos que possa contribuir para o debate
maior da igualdade racial. Interessa-nos (re) construir a pauta sobre o que é ser negro hoje,
especialmente na favelas
Promover uma reflexão sobre a dimensão estética em que sujeitos negros estão
muitas vezes invisibilizados.
Potencializar o debate sobre o sentido de ser negro hoje na relação com os espaços da
cidade.
A discussão sobre negro, estética e cidade se torna relevante para o seminário porque nos
ocupamos em reconhecer os sujeitos negros que circulam pelos espaços, em especial nas
favelas e comunidades, e o modo que se estabelece hoje a relação da estética negra. Esta
que abarcar um estado que transcende o cotidiano expressivo dos sujeitos e provoca uma
experimentação diferenciada na sua relação com o mundo, ou seja, pactuada com a situação
das populações negras, a estética negra conforma-se como uma atitude para além de uma
resposta às reivindicações cotidianas que reconhecemos com facilidade: situação sócio-
econômica, expressão geográfica e expressão sociológica dos sujeitos.
Desse modo, a discussão proposta prevê olhar a estética negra na atualidade como construção
de outras trilhas, deslocamento de percepções e atitudes convencionadas não apenas na
configuração do corpo negro, inserindo também elemento cidade em que se desloca e
movimenta este corpo para contexto e criação das relações com lugares e espaços.
Por outro lado, importa sinalizar que a cidade está ocupada por uma dimensão espacial
racializada, em que a população negra predomina em territórios simbolicamente
desvalorizados, e em outros sua circulação ocorre diante de ocupações que os invisibilizam
em papéis sociais relacionados a subserviência. Desse modo, nos interessa debater sobre o
direito à cidade em que um dos enfretamentos possíveis seja o racismo, e que há necessidade
de romper com este modelo de violência racial. Promovendo ações, como estas, que buscam
reafirmar a condição de sujeitos de direitos – majoritariamente negros – a relação com os
espaços da cidade.
De que maneira hoje se contempla uma estética negra em que se atinge o sujeito que circula
na cidade? Como corroborar para o debate de negro, estética e cidade com intuito de pautar
“Negro, estética e cidade”
Percebendo o racismo como estruturante da sociedade brasileira, principalmente a partir de
nossas pesquisas sobre violência letal (que revelam a constância do componente racial na
quantidade de homicídios de jovens em diferentes capitais do país), optamos por fortalecer
nossas reflexões, produção de conhecimento e ação no campo da igualdade racial. Esta
inovação, de forma gradativa, vai se fazendo sentir em nossas cinco áreas de atuação (Políticas
Urbanas, Educação, Direitos Humanos, Cultura e Comunicação).
O primeiro passo se deu no âmbito da Comunicação Institucional, com a contratação de uma
equipe coordenada por jornalistas negros, com conhecimento e experiência no campo do
Favelas -- além de produzir debates no interior da instituição sobre a importância de atuar
para a superação do racismo, passou a produzir conteúdo jornalístico com forte investimento
na temática da igualdade racial.
A equipe de comunicação, apoiada pela coordenação do Observatório, fomentou a criação
do grupo de colaboradores do Observatório de Favelas que tem constituído como demanda a
formação de um coletivo de estudo relacionado à igualdade racial, envolvendo profissionais
negros e não-negros, para tratar exclusivamente da absorção da dimensão racial em diferentes
atividades e projetos da instituição. Além do mais, temos construindo uma agenda de parceria
com entidades e fundações que constitui essa temática de forma geral. Nesse sentido,
possibilita estabelecer a percepção da importância desta temática para além de uma proposta
nos projetos, mas na própria agenda institucional do Observatório de Favelas.
O encontro “Negro, estética e cidade” tem a intenção de ser uma primeira atividade
mobilizadora do Observatório para sociedade em que o debate racial (o sentido de ser negro
hoje) se torne central. Vivemos esse movimento dentro da instituição, e concomitantemente
queremos também construir o diálogo com diferentes sujeitos e organizações que estejam
ou queiram estar envolvidos com a perspectiva do debate racial. De certa forma, também
pensamos na importância de construir uma agenda política que pautem as discussões e
encaminhamentos futuros dessa instituição.
No processo de pensar a respeito da temática e um formato para este encontro, tivemos
a felicidade de reconhecer o Retalho Carioca e o Grupo Kizomba da Redes como parceiros
potenciais. Este primeiro diretamente envolvido com a moda e buscando resgatar a temática
racial para as atividades da Retalhos, especialmente a cultura afro que já aparecia de forma
Redes como parceiros antigos de tantas outras atividades. O Kizomba assim como o coletivo
de Igualdade racial tem se preenchido da temática na instituição, juntando a experiência em
realizar eventos e festas diretamente envolvidos com a temática.
Não há dúvida que este evento a ser realizado no Conjunto de Favelas da Maré, discutindo
estética negra e cidade tem um papel fundamental na luta anti-racista, além de representar
uma agenda política que pontue questionamentos que possa contribuir para o debate
maior da igualdade racial. Interessa-nos (re) construir a pauta sobre o que é ser negro hoje,
especialmente na favelas
Promover uma reflexão sobre a dimensão estética em que sujeitos negros estão
muitas vezes invisibilizados.
Potencializar o debate sobre o sentido de ser negro hoje na relação com os espaços da
cidade.
A discussão sobre negro, estética e cidade se torna relevante para o seminário porque nos
ocupamos em reconhecer os sujeitos negros que circulam pelos espaços, em especial nas
favelas e comunidades, e o modo que se estabelece hoje a relação da estética negra. Esta
que abarcar um estado que transcende o cotidiano expressivo dos sujeitos e provoca uma
experimentação diferenciada na sua relação com o mundo, ou seja, pactuada com a situação
das populações negras, a estética negra conforma-se como uma atitude para além de uma
resposta às reivindicações cotidianas que reconhecemos com facilidade: situação sócio-
econômica, expressão geográfica e expressão sociológica dos sujeitos.
Desse modo, a discussão proposta prevê olhar a estética negra na atualidade como construção
de outras trilhas, deslocamento de percepções e atitudes convencionadas não apenas na
configuração do corpo negro, inserindo também elemento cidade em que se desloca e
movimenta este corpo para contexto e criação das relações com lugares e espaços.
racializada, em que a população negra predomina em territórios simbolicamente
desvalorizados, e em outros sua circulação ocorre diante de ocupações que os invisibilizam
em papéis sociais relacionados a subserviência. Desse modo, nos interessa debater sobre o
direito à cidade em que um dos enfretamentos possíveis seja o racismo, e que há necessidade
de romper com este modelo de violência racial. Promovendo ações, como estas, que buscam
reafirmar a condição de sujeitos de direitos – majoritariamente negros – a relação com os
espaços da cidade.
De que maneira hoje se contempla uma estética negra em que se atinge o sujeito que circula
na cidade? Como corroborar para o debate de negro, estética e cidade com intuito de pautar
Mesa de palestra |
uma agenda sobre a perspectiva da igualdade racial?
Roda de Jongo do Pinheiral. |
direção de Wallace Lino a companhia de 15 componentes, pela primeira vez após 3 anos juntas apresenta um espetáculo para a comunidade em espaço fechado.
O SEGUNDO DIA DO ENCONTRO O segundo dia de encontro trouxe para comunidade um bate papo com academicos, ligados a comunicação e a educação da cidade.. |
Claro que depois uma aquecida roda de Jongo... MACHAAAADO!!! |
Pinheiral |
dançar e cantar jongo |
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