segunda-feira, 12 de novembro de 2012

“Negro, estética e cidade” Galpão Bela Maré...

 Galpão Bela Maré realiza...
                                   


                                      “Negro, estética e cidade” 


      Percebendo o racismo como estruturante da sociedade brasileira, principalmente a partir de
nossas pesquisas sobre violência letal (que revelam a constância do componente racial na
quantidade de homicídios de jovens em diferentes capitais do país), optamos por fortalecer
nossas reflexões, produção de conhecimento e ação no campo da igualdade racial. Esta
inovação, de forma gradativa, vai se fazendo sentir em nossas cinco áreas de atuação (Políticas
Urbanas, Educação, Direitos Humanos, Cultura e Comunicação).

O primeiro passo se deu no âmbito da Comunicação Institucional, com a contratação de uma
equipe coordenada por jornalistas negros, com conhecimento e experiência no campo do

anti-racismo. A nova equipe de comunicação -- setor mais estratégico para o Observatório de
Favelas -- além de produzir debates no interior da instituição sobre a importância de atuar
para a superação do racismo, passou a produzir conteúdo jornalístico com forte investimento
na temática da igualdade racial.

A equipe de comunicação, apoiada pela coordenação do Observatório, fomentou a criação
do grupo de colaboradores do Observatório de Favelas que tem constituído como demanda a
formação de um coletivo de estudo relacionado à igualdade racial, envolvendo profissionais
negros e não-negros, para tratar exclusivamente da absorção da dimensão racial em diferentes
atividades e projetos da instituição. Além do mais, temos construindo uma agenda de parceria
com entidades e fundações que constitui essa temática de forma geral. Nesse sentido,
possibilita estabelecer a percepção da importância desta temática para além de uma proposta
nos projetos, mas na própria agenda institucional do Observatório de Favelas.

O encontro “Negro, estética e cidade” tem a intenção de ser uma primeira atividade
mobilizadora do Observatório para sociedade em que o debate racial (o sentido de ser negro
hoje) se torne central. Vivemos esse movimento dentro da instituição, e concomitantemente
queremos também construir o diálogo com diferentes sujeitos e organizações que estejam
ou queiram estar envolvidos com a perspectiva do debate racial. De certa forma, também
pensamos na importância de construir uma agenda política que pautem as discussões e
encaminhamentos futuros dessa instituição.

No processo de pensar a respeito da temática e um formato para este encontro, tivemos
a felicidade de reconhecer o Retalho Carioca e o Grupo Kizomba da Redes como parceiros
potenciais. Este primeiro diretamente envolvido com a moda e buscando resgatar a temática
racial para as atividades da Retalhos, especialmente a cultura afro que já aparecia de forma

tímida de outras experiências. A segunda parceria representa um interesse do Observatório e
Redes como parceiros antigos de tantas outras atividades. O Kizomba assim como o coletivo
de Igualdade racial tem se preenchido da temática na instituição, juntando a experiência em
realizar eventos e festas diretamente envolvidos com a temática.

Não há dúvida que este evento a ser realizado no Conjunto de Favelas da Maré, discutindo
estética negra e cidade tem um papel fundamental na luta anti-racista, além de representar

uma agenda política que pontue questionamentos que possa contribuir para o debate
maior da igualdade racial. Interessa-nos (re) construir a pauta sobre o que é ser negro hoje,
especialmente na favelas
Promover uma reflexão sobre a dimensão estética em que sujeitos negros estão
muitas vezes invisibilizados.
Potencializar o debate sobre o sentido de ser negro hoje na relação com os espaços da
cidade.

      A discussão sobre negro, estética e cidade se torna relevante para o seminário porque nos
ocupamos em reconhecer os sujeitos negros que circulam pelos espaços, em especial nas
favelas e comunidades, e o modo que se estabelece hoje a relação da estética negra. Esta
que abarcar um estado que transcende o cotidiano expressivo dos sujeitos e provoca uma
experimentação diferenciada na sua relação com o mundo, ou seja, pactuada com a situação
das populações negras, a estética negra conforma-se como uma atitude para além de uma
resposta às reivindicações cotidianas que reconhecemos com facilidade: situação sócio-
econômica, expressão geográfica e expressão sociológica dos sujeitos.

      Desse modo, a discussão proposta prevê olhar a estética negra na atualidade como construção
de outras trilhas, deslocamento de percepções e atitudes convencionadas não apenas na
configuração do corpo negro, inserindo também elemento cidade em que se desloca e
movimenta este corpo para contexto e criação das relações com lugares e espaços.


      Por outro lado, importa sinalizar que a cidade está ocupada por uma dimensão espacial
racializada, em que a população negra predomina em territórios simbolicamente
desvalorizados, e em outros sua circulação ocorre diante de ocupações que os invisibilizam
em papéis sociais relacionados a subserviência. Desse modo, nos interessa debater sobre o
direito à cidade em que um dos enfretamentos possíveis seja o racismo, e que há necessidade
de romper com este modelo de violência racial. Promovendo ações, como estas, que buscam
reafirmar a condição de sujeitos de direitos – majoritariamente negros – a relação com os
espaços da cidade.

     De que maneira hoje se contempla uma estética negra em que se atinge o sujeito que circula
na cidade? Como corroborar para o debate de negro, estética e cidade com intuito de pautar
Mesa de palestra
uma agenda sobre a perspectiva da igualdade racial?
Roda de Jongo do Pinheiral.











































































O Grupo Teatral da comunidade, apresentou a peça de título - ELA PODE ESTÁ EM VOCE - retratando várias passagens do nosso cotidiano, levando em fim para uma reflexão as várias formas de tratamentos que usamos e de que foram também somos tratados no dia dia...interessantíssima...
direção de Wallace Lino a companhia de 15 componentes, pela primeira vez após 3 anos juntas apresenta um espetáculo para a comunidade em espaço fechado.


















































O desfile de modas teve o Título de MAJESTADE AFRICA   -   elenco impecável...

































































                                                                                                                                               
                            








O SEGUNDO DIA DO ENCONTRO


O segundo dia de encontro trouxe para comunidade um bate papo com academicos, ligados a comunicação e a educação da cidade..





















O Jongo de Pinheira fez questão de apresentar a trajetória do café pela região do Vale do Paraíba, mostrando em gravuras artesanais confeccionadas por suas oficinas, junto todas as manifestações culturais da região.























Claro que depois uma aquecida roda de Jongo...
MACHAAAADO!!!


























Pinheiral

dançar e cantar jongo

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